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os amarildos

 

Sem horas e sem dores, Respeitável público pagão, Bem-vindos ao mundo de teatro .

A partir de sempre Toda cura pertence a nós. Toda resposta e dúvida. Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser, Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.

Nenhum predicado será prejudicado, Nem tampouco a frase, nem a crase, nem a vírgula e ponto final! Afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas, E estar entre vírgulas pode ser aposto, E eu aposto o oposto: que vou cativar a todos Sendo apenas um sujeito simples.

Um sujeito e sua oração, Sua pressa, e sua verdade, sua fé, Que a regência da paz sirva a todos nós.

Cegos ou não, Que enxerguemos o fato De termos acessórios para nossa oração. Separados ou adjuntos, nominais ou não, Façamos parte do contexto da crônica E de todas as capas de edição especial.

Sejamos também o anúncio da contra-capa, Pois ser a capa e ser contra a capa É a beleza da contradição. É negar a si mesmo. E negar a si mesmo é muitas vezes Encontrar-se com Deus. Com o teu Deus. Sem horas e sem dores, Que nesse momento que cada um se encontra aqui e agora, Um possa se encontrar no outro, E o outro no um... Até por que, tem horas que a gente se pergunta: Por que é que não se junta Tudo numa coisa só?